quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

L. A.


Eu não sou fumante, mas trago alguns cigarros de tempos em tempos. Isso começou em 2005 quando estava no terceiro periodo de faculdade. Diferentemente da maioria dos jovens minha vontade pelo cigarro não veio pela sensação de elegância de quem fuma ou pelo status que poderia obter. Um belo domingo estava lendo um Feliz Ano Novo de Rubens Fonseca quando cheguei a um paragrafo em que um dos personagens ia a venda comprar cigarro. Pouco depois fechei o livro e marchei em direção a padaria. Comprei picado Hollywood, uns dois ou três. Voltei para casa, havia uma sacadinha no meu quarto, onde entrei a acendi então o maldito cigarro, não sabia tragar e acabei engasgando sozinha. Mas a verdade, é que eu só fui admitir fumar perto de alguém bem tempos depois, por vergonha de admitir que eu fumava. Eu nunca entendi minha vontade de fumar, a verdade é que desde a primeira vez que coloquei um cigarro na boca, toda vez que fumo tenho a sensação de que nasci fumando e que fumo o tempo todo. Naquela semana da primeira tragada eu comprei vários picados e logo ali descobri minha preferência por Free. E o tempo se passou... A vontade de fumar às vezes vem, às vezes saciada, às vezes anulada pela minha demora em providenciar tabaco. Cinco anos dpeois uma coisa é fato, não consigo tragar qualquer cigarro, descobri minha preferencia por determinadas marcas, e minha conclusão é que Graças a Deus não sou fumante, se não estaria falida. "Paieiro" descarto! Se vão me oferecer nicotina deixo claro que Calrton, Black e L.A. são os mais bem-vindos.

Conheci L.A. de cereja por uam amiga de um primo meu no aniversário dele há dois anos. Ela contava sobre o sonho que teve de fumar esse cigarro e me passou um picado e logo cai na tentação daquele cigarro que parecia trazer uma sensação de halls de cereja ao fundo. Ocupando o topo da minha lista esse cigarro é o mais complcado de se comprar picado e na Zona Sul parece ser vendido apenas no Rei do Pastel. O fato é que hoje estive tão pensativa e angustiada que a vontade do cigarro veio e com ela a necessidade de encontrar um L.A. de cereja. Sai da minha casa na certeza que uma das padarias aqui de perto teriam para vender. Nisso já pensei logo no maço de uma vez. Na primeira nada. Na Colombina onde tive certeza que teria, a moça do caixa logo disse: "Nossa, nunca ouvi falar nesse cigarro!"

E somente depois de caminhar acredito que mais de um quilometro consegui enfim comprar meu maço de L.A. de cereja em uma loja de coviniência d eum posto, comprei dois maços de uma vez, vão durar um ano e meio. Feliz como uma criança feliz com o presente de natal, abri o maço e fiquei cheirando aquele cheiro agrádavel do sabor cereja. E ali mesmo me sentei em uma muretinha e sentindo aquele gosto estranho do cigarro corria levemente a lingua em torno dos labios para sentir o leve sabor cereja. E asism fiquei por muito minutos entre as arvores dos largos passeios da Avenida Assis Chatobriand com Avenida do Contorno observando o movimento. E daquele momento tão besta veio o prazer da persistência e assim pensando ergui a cabeça e decidi continuar as buscas da vida.

3 comentários:

Unknown disse...

oba!! LA de cereja!!!adooooro, vou querer um!kkkkkkkkkk
Aproposito adorei a historinha, muito bem escrita!

Analu Oliveira disse...

mas essa é de verdade viu!

Igor Reyner disse...

Nossa... Que catarse... Que sessão de psicanálise. L.A. de cereja... Sempre me lembro com vontade de rir!