quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

contradições

Prometo e não cumpro. Digo adeus e volto atrás. Quero paz e faço guerra. Amo quem nem se quer me respeita. E brigo com quem quer o meu melhor. Desejo o sucesso de quem promove o meu fracasso. Sou a pior filha dos melhores pais. Sou o suor frio. A dança sem música. E a trilha sem história. Minha esperança morre todos os dias. Meus amigos sempre são demais, demais para mim. Faça o que eu te digo, mas não me imite. Sou o conselho e não o exemplo. Sou o passado do futuro. O futuro do passado e assim me perco no presente. Sou forte. Sou de aço, se precisar eu grito, perco até a razão se necessário. Quando na verdade só queria ter ficado no meu canto. Sou o silêncio na resposta. O receio da pergunta. A continuação da dúvida. Tenho certezas que não são minhas. Tenho verdades nas quais não acredito. Tenho planos para o passado. Tenho sentimentos escondidos e imaginações demonstradas. Choro na alegria. E rio no desespero. Estou sempre de cabeça erguida, mesmo nos momentos baixos. O que faz de mim essa aparente grande muralha. Parede sólida que a todo momento está pronta para desabar em emoções e sentimentos...

2 comentários:

Unknown disse...

aplausos... muito bonito o texto. vc anda bem poética ultimamente. hehe

Igor Reyner disse...

Não seja medo. O vento passa, sincero, honesto. Aquele que teme vê a desgraça, a moléstia, o desespero, a catástrofe. Aquele que ama sente o afago!