terça-feira, 16 de março de 2010

Não adianta acenar com carinho...

"Odeio quem me rouba a solidão sem
verdadeiramente me oferecer companhia." Nietzsche

Não adianta acenar com carinho, sou míope para enxergar tão longe. Chegue mais perto, não sou obrigada a entender o seu grito mudo para que ninguém escute o que me diz. Pense antes de falar, suas palavras são contraditórias demais para as memórias. Escolha entre agora ou nada. Do que vale chegar em primeiro, mas não pegar a medalha.

Boas intenções para serem apenas repetidas em mantra a gente leva para igreja. E um dia até mesmo os santos se cansam da repetição sem sair do lugar. E ai? Quem vai te ajudar nessa hora? De pouco adianta você comemorar com tanta glória se tudo isso não o faz ser o herói da minha história. O que adianta dizer que é tudo isso, se tudo for nada.

Não há como ser um anjo, um guarda-costas, sem salvar quem precisa da ajuda. Não há como ser muito, se nem pouco quer oferecer. Não há como ser eterno, sem dedicar minimo cinco minutos. Não há como ser amor, se não for no minimo um abraço. Não há como sonhar tanto e recusar na realidade. Não há como ser importante sem nada fazer. Não há como ser real na ausência. Não há como ser companhia procurando a distância. Não há como ser saudade se não fizer falta. Não há como fazer falta, se nunca se faz nada. Não há como ser dois ou mais, sendo apenas metade. Não há como ser troca em meio ao egoismo. Não há perdão sem mudança. E não há mudança onde há medo. Não tende ser onipresente, se você nada puder ser. Porque se não for ser parceria, prefiro ser um ser só, mas ser completo.

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