De repente você se assuta, você não é mais protagonista da cena. Coisa que se sabe há tempos, mas que às vezes se esquece. O que foi que aconteceu? Mudaram a atriz? Ou foi apenas a peça que saiu de cartaz? É melhor acreditar na segunda opção e pensar em ser uma eterna estrela do espetáculo.
Ao mesmo tempo que se está ali sonhando o telefone toca na mesinha ao lado e você imagina que possa ser alguém ali que ao receber uma boa notícia ou precisar fazer alguma coisa, se lembrou de você. Sua mão gela, seu coração parece bater mais lentamente e ao mesmo tempo com mais força.
Quando você diz "Alô!" ouve logo a voz do outro lado da linha dizer seu nome com força e empolgação. Seu queixo cai, você se assusta como assim que ele está ligando? Sim, é ele que está na conversa, na mesma hora a emoção domina seu estado de espirito, parece que tem notícia boa na área.
A história é a mesma que você protagonizou, a mesma que tinha acabado de idealizar, mas numa outra roupagem, em que você é apenas mera coadjuvante, o telefone é para outra pessoa. Quando a ligação é passada para ela, ela se emociona e chora, ali a menos de 20 centimetros da sua esquerda. Seus olhos também se enchem de água é como se você se identificasse com aquilo e fosse capaz de encarnar a emoção que seria sua se estivesse ali no lugar dela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário