“Você deixa tudo para última hora!" essa é realmente a frase mais certa que meu pai sempre me fala quando está puto comigo e ele sempre tem razão. Eu até tento, começo tudo com antecedência, me esforço para que não saia nada errado, mas é como se de repente eu perdesse a empolgação e esquecesse o que tinha que fazer, deixasse simplesmente de lado e só lembrasse ali na última hora. Mania? Enrolação? Vício? Desânimo? Talvez um pouco de tudo. Mas também é fato: sou bem mais sucedida na última hora!
Tempos de escola
Dos primórdios o primeiro caso que me lembro da última hora, apesar de cômico foi um pouco traumatizante. Eu estava na terceira série, era tarde da noite e lá estava minha mãe me ajudando a fazer uma história em quadrinho que a professora mandou como tarefa. O trauma é que a história tirada em cola de um livro por falta de opção de um trabalho que deixei para última hora foi a minha redação escolhida para um livro que montamos com as melhores redações de cada aluno, a professora adorou a historinha que fiz. O trauma? Logo eu que gosto tanto de escrever e caprichava nas redações tive uma historinha em quadrinho mal feita selecionada.
Já senti que quanto mais independente dos meus pais fiquei mais passeia deixar tudo para última hora. Já no terceiro ano de Ensino Médio, a professora de literatura mandou ler “O Homem”, no outro dia mesmo eu já havia chegado quase a página 50. As meninas da minha turma ficaram bravas porque cheguei até a contar que o Fernando morria ainda na primeira parte. Mas a empolgação acabou rapidinho e eu deixei o livro jogado de lado. Na véspera da prova, eu estava lá parada na mesma primeira parte. E as meninas? Terminaram e fizeram até resumos, itens de estudo. Como tinha compromisso o dia todo, só cheguei em casa à noite e logo depois da novela peguei o livro. A meia noite eu dormi e acordei às seis. Peguei novamente o xerox e continuei. Sentei no fundo da sala e li o primeiro horário todo e durante o recreio que acabou quando estava exatamente na última página. Fui alvo de crítica por isso. Mas tirei a maior nota da sala na prova, fazer o que.
Faculdade e profissão
Na faculdade além de todos os trabalhos feitos ali em cima da hora, acho que o mais forte de todos tenha sido minha monografia. Passei o semestre todo tentando produzi-la, mas não rendia, não me envolvia. Quando acordei estava em novembro. Os feriados do mês eu passei agarrada lendo o que faltava e fazendo análise. Matei estágio, meus amigos fizeram um mutirão de apoio, meu primo brigou comigo, meu peguete da época teve que implorar que eu me concentrasse para acabar aquilo ali. E ainda fui obrigada a ouvir meu orientador dizer a banca: "A Ana fez seu TCC em 10 dias", mas me tornei uma jornalista.
Uma jornalista que tinha até o último dia 17 para apresentar o diploma definitivo de jornalista ao Ministério do Trabalho sob pena de ficar sem seu registro profissional. Quando fiz isso? No dia 16 à tarde. E o diploma já estava comigo há meses, aliás desde o dia que resolvi me candidatar a uma vaga de uma pós e ia precisar apresentá-lo. Um dia que tive que pegar vários ônibus porque tive que ir a faculdade buscá-lo. Eu já tinha feito o pedido dele antes, mas com falta de uma utilidade prática para ele, eu não tinha ido buscá-lo.
E agora...
Quando completei 18 anos, deixei meus pais malucos, eu realmente queria tirar minha carteira de motorista. Logo que tirei férias da faculdade corri para Divinópolis, fiz psicotécnico e legislação. Menos de 15 dias depois eu já comecei a pegar aulas de direção. Como eram férias de julho o tempo não foi suficiente para fazer exame de rua. A cosia ficou esquecida, até que em janeiro de 2006 fui avisada que minha pauta não valeria mais cinco anos e eu teria até o final de junho para tirar a carteira. Parece até uma coisa, quando não sou eu, são os outros. O Detran levou mais de três meses para transferir minha pauta e só em maio voltei a treinar.
Fiz muito esforço na época gastei todas as minhas economias e faltando quatro dias para perder a pauta, tomei pau de nervoso na João Pinheiro, me lembro que chorei horrores. Mas três meses depois descobri que ainda não era a última da última hora e hoje entendo que talvez seja por isso que não tenha dado certo. Minha pauta voltou a valer! Há poucos dias me lembrei da existência dessa pauta e liguei em uma auto-escola e pedi para consultar até quando ela ia, e secretária respondeu:
“Infelizmente sua pauta vence dia 28 agora!”
“Dá tempo de marcar um exame?”
“Sim, só um!”
Então não era infelizmente! Isso para mim significou hora de entrar em ação. E o resultado? Ela vai vencer realmente neste domingo depois de CINCO ANOS de ter sido aberta, mas não preciso mais dela, porque tirei carteira hoje, há pouco no Santa Inês.
Tempos de escola
Dos primórdios o primeiro caso que me lembro da última hora, apesar de cômico foi um pouco traumatizante. Eu estava na terceira série, era tarde da noite e lá estava minha mãe me ajudando a fazer uma história em quadrinho que a professora mandou como tarefa. O trauma é que a história tirada em cola de um livro por falta de opção de um trabalho que deixei para última hora foi a minha redação escolhida para um livro que montamos com as melhores redações de cada aluno, a professora adorou a historinha que fiz. O trauma? Logo eu que gosto tanto de escrever e caprichava nas redações tive uma historinha em quadrinho mal feita selecionada.
Já senti que quanto mais independente dos meus pais fiquei mais passeia deixar tudo para última hora. Já no terceiro ano de Ensino Médio, a professora de literatura mandou ler “O Homem”, no outro dia mesmo eu já havia chegado quase a página 50. As meninas da minha turma ficaram bravas porque cheguei até a contar que o Fernando morria ainda na primeira parte. Mas a empolgação acabou rapidinho e eu deixei o livro jogado de lado. Na véspera da prova, eu estava lá parada na mesma primeira parte. E as meninas? Terminaram e fizeram até resumos, itens de estudo. Como tinha compromisso o dia todo, só cheguei em casa à noite e logo depois da novela peguei o livro. A meia noite eu dormi e acordei às seis. Peguei novamente o xerox e continuei. Sentei no fundo da sala e li o primeiro horário todo e durante o recreio que acabou quando estava exatamente na última página. Fui alvo de crítica por isso. Mas tirei a maior nota da sala na prova, fazer o que.
Faculdade e profissão
Na faculdade além de todos os trabalhos feitos ali em cima da hora, acho que o mais forte de todos tenha sido minha monografia. Passei o semestre todo tentando produzi-la, mas não rendia, não me envolvia. Quando acordei estava em novembro. Os feriados do mês eu passei agarrada lendo o que faltava e fazendo análise. Matei estágio, meus amigos fizeram um mutirão de apoio, meu primo brigou comigo, meu peguete da época teve que implorar que eu me concentrasse para acabar aquilo ali. E ainda fui obrigada a ouvir meu orientador dizer a banca: "A Ana fez seu TCC em 10 dias", mas me tornei uma jornalista.
Uma jornalista que tinha até o último dia 17 para apresentar o diploma definitivo de jornalista ao Ministério do Trabalho sob pena de ficar sem seu registro profissional. Quando fiz isso? No dia 16 à tarde. E o diploma já estava comigo há meses, aliás desde o dia que resolvi me candidatar a uma vaga de uma pós e ia precisar apresentá-lo. Um dia que tive que pegar vários ônibus porque tive que ir a faculdade buscá-lo. Eu já tinha feito o pedido dele antes, mas com falta de uma utilidade prática para ele, eu não tinha ido buscá-lo.
E agora...
Quando completei 18 anos, deixei meus pais malucos, eu realmente queria tirar minha carteira de motorista. Logo que tirei férias da faculdade corri para Divinópolis, fiz psicotécnico e legislação. Menos de 15 dias depois eu já comecei a pegar aulas de direção. Como eram férias de julho o tempo não foi suficiente para fazer exame de rua. A cosia ficou esquecida, até que em janeiro de 2006 fui avisada que minha pauta não valeria mais cinco anos e eu teria até o final de junho para tirar a carteira. Parece até uma coisa, quando não sou eu, são os outros. O Detran levou mais de três meses para transferir minha pauta e só em maio voltei a treinar.
Fiz muito esforço na época gastei todas as minhas economias e faltando quatro dias para perder a pauta, tomei pau de nervoso na João Pinheiro, me lembro que chorei horrores. Mas três meses depois descobri que ainda não era a última da última hora e hoje entendo que talvez seja por isso que não tenha dado certo. Minha pauta voltou a valer! Há poucos dias me lembrei da existência dessa pauta e liguei em uma auto-escola e pedi para consultar até quando ela ia, e secretária respondeu:
“Infelizmente sua pauta vence dia 28 agora!”
“Dá tempo de marcar um exame?”
“Sim, só um!”
Então não era infelizmente! Isso para mim significou hora de entrar em ação. E o resultado? Ela vai vencer realmente neste domingo depois de CINCO ANOS de ter sido aberta, mas não preciso mais dela, porque tirei carteira hoje, há pouco no Santa Inês.
Um comentário:
Viva a vida em ultima hora, é adrelalina a todo momento!kkkk
sei muuuuuuuuito bem como é isso! :P
ps: parabéns pela carteira, mais uma vaez! hahaha
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