Hoje eu acordei cedinho, o ônibus de Vitória tinha previsão de chegar por volta das 6h aqui em BH. Assei pão-de-queijo, arrumei a mesa do café, já havia comprado suco, leite e frutas ontem à noite. Assim que Tia Ivone chegou à rodoviária ela ligou dizendo que já estava a caminho, hoje é aniversário dela, a recebi com abraço de parabéns. Há pouco ela saiu para o tratamento que ela faz aqui, ela teve um quadro de depressão muito grave e o tratamento foi quase milagroso.
Eu adoro receber visitas aqui, nós conversamos bastante, mas talvez as circunstâncias de recebe-la tenha me deixado assim tão vazia. É a primeira vez que ela vem assim, sem o Tio Tôninho... O dia hoje foi bom, mas com toda sinceridade, eu preferia estar agora a caminho da Rua do Ouro, todo mês era assim. Eu ia para lá, às vezes entregar ou às vezes pegar alguma encomenda. Sempre dizia que ia ser rápida, mas sentava com o Tio Tôninho lá e batia o maior papo, era lanche na padaria, almoço no restaurante da rua de cima da clínica.
A gente sempre morou longe, esses últimos dois anos de tratamento da tia aqui serviram para nossa aproximação. Eu diria aproximação física, afinal desde criança me lembro que semanalmente o telefone tocava e era ele para falar com minha mãe. Ela está arrasada, não fala em outra coisa nesses quase dois meses. E eu? Eu estou aqui, ainda não chorei hoje, não falei tanto sobre o assunto e meus olhos estão aqui umidos, o coração vazio... Vou lavar o rosto e dar uma volta, mais tarde eu vou encontrar com minha tia novamente...
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